23 de abril de 2008

O que agrada o coração de Deus?

O que tem de gente doente nesse mundo não é brincadeira. Estou falando isso porque estou indignado com uma conversa que tive recentemente. É cada coisa que escutamos que é revoltante. Ainda não saiu da minha cabeça as palavras de uma conhecida minha, “primeiro a obrigação e depois a diversão”, por isso esforço em colocar no papel para aliviar um pouco essa indignação.

Fico indignado por esses falsos ensinamentos que nos impedem de viver a vida intensamente. Ensinamentos que transformam a vida num imenso fardo pesado. Onde cai por terra ensinamentos como aquele que Jesus pregava “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância (Jo 10.10)”.
Quem foi que ensinou que a obrigação não pode andar lado a lado com a diversão? Teve um tempo que pensei tratar de uma pessoa muito triste. Triste e invejosa. Sabe aquela ‘papo’, “se eu não sou feliz ninguém mais pode”, pois é, esse. Mas hoje penso diferente. Pra mim esse lema foi criado por uma sociedade materialista. Uma sociedade onde o mais importante é ‘ter’ do que ‘ser’. Quer dizer, a frase não foi criada por uma sociedade propriamente dita, mas por indivíduos. Sempre foi assim, aquele que tem o poder dita as regras e outros nada podem fazer além de balançar a cabeça em sinal de aprovação. Então, se quero alguém pra culpar por essa indignação hoje eu culpo os materialistas. Materialista são aquelas pessoas que negam a alma, tratam o ser humano como um ser biológico e nada mais. O que difere o homem do restante dos animais e que ele progrediu, somente isso. A concepção materialista do mundo está fundada essencialmente no progresso cientifico. Sendo assim dão uma importância maior ao que o homem faz e não pelo que ele é. Homem bom é homem produtivo. É nessa brincadeira que o homem deixa de ser homem para transformar em máquina (um meio de produção) e como bem sabemos máquina não se diverte, máquina só trabalha. Ela sabe para que foi programada: Primeiro o trabalho, depois o reparo... “primeiro a obrigação e depois a diversão”.

O que foi mais revoltante é que ela (essa conhecida) colocou o nome de Jesus no meio da conversa, “faço isso por Jesus” – explicando que mesmo sofrendo fazia aquela escolha por Ele. Assim viveria uma vida inteira de sacrifício e nenhum pouco de prazer. Essa seria sua oferenda a Deus (- Está muito mais para uma oferta de tolo!). Agora não sei onde ela aprendeu isto, com Cristo que não foi, ele era contra essa filosofia, “Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes (Mt 12.7).”. Misericórdia em hebraico significa ter entranhas de mãe e sentir em profundidade, lá dentro do coração. Há se soubesse o significado dessas palavras! Viver não seria um fardo pesado, seria tão leve que não atrapalharia o vôo.

”Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mt 11.29-30)”. Jesus Cristo.
Onde estou querendo chegar? Explicarei. Quando penso em presentear alguém, penso em dar algo que lhe agrade, se sei que ele (a) não gosta ‘disso ou daquilo’ não darei (a não ser que eu não goste da pessoa, mas ai é outra história). A minha escolha no presente está baseada no conhecimento que tenho da pessoa. Podemos afirmar que o presente descreve um pouco do caráter do presenteado, ou pelo menos a forma como o vemos. O que se pode falar de um Deus que goste de receber ‘sacrifício’? Ou que não goste de ver suas criaturas felizes? Que quem adoramos não é um deus e sim um demônio, um ser sádico que fica feliz com o nosso sofrimento. Mas essa não é verdade divina, ao contrário, Ele sofre quando sofremos e dá altas risadas quando rimos.

Deus recebe diariamente muitos presentes que não lhe agrada, o destino de todos é a lata de lixo. A teologia chama esse lugar de inferno: O lugar onde se joga o que é indesejado.
Deus não vê o homem como uma máquina. Jesus não morreu por causa de robôs. Deus criou o homem à sua imagem, conforme a sua semelhança (Gn 1.26). Deus criou o homem para participar de sua felicidade, por isso a maior satisfação do Criador é ver suas criaturas felizes. O que agrada ao coração de Deus é isso, presentes de felicidade.

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