20 de fevereiro de 2009

O Evangelho é Jesus!

O Evangelho é o Verbo. O Verbo se fez carne e veio habitar entre nós. Hoje o Verbo está em nós – Como sabemos Deus não habita em templo feito por mãos humanas, ao contrário, habita na existencialidade de nossos corações –, de maneira que não preciso mais olhar sobre os montes procurando o meu socorro, pois Ele vive em mim e eu vivo Nele.


Se o Evangelho é o Verbo e o Verbo é Jesus, precisamos entender que os quatro evangelhos só se tornam O Evangelho se cridos e praticados com entendimento e consciência. Digo isso apenas para afirmar que O Evangelho não é uma mera informação, mas sim uma encarnação da Palavra em nós. Os evangelhos só se tornam O Evangelho quando se torna realmente uma Boa Noticia que gera vida no nosso ser. Assim como encontramos no Novo Testamento o Evangelho de Cristo escrito nas cartas Paulinas (por exemplo) pode-se dizer que a mesma coisa o Espírito quer que aconteça em nós: Ele quer escrever de suas Palavras em nossos corações de maneira que nos tornemos ‘cartas vivas’. Ainda sobre as cartas paulinas, Paulo escreve nelas aquilo que primeiramente é escrito no seu coração.


“O Evangelho só é Boa Nova para os outros quando primeiramente é Boa Nova para mim.”


Interessante aqui lembrar que Abraão tenha vivido pela fé na Palavra antes da existência da Escritura. Com isso podemos dizer que a Palavra precede a Escritura. “No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela (João 1:1-3).” A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus. A Escritura não é a Palavra, mas através dela encontro registros históricos acerca Daquele que é. Lá encontro o que Jesus fez e ensinou. Se Jesus é a Palavra, para que entendamos as Escrituras precisamos ter Ele como a chave-interpretativa da mesma, ou seja, devemos procurar entender a Bíblia pela ótica de Jesus. É fácil! Observe nos evangelhos como Jesus viveu, como Ele tratou as pessoas e entre tantas outras coisas. Depois disto, leia o restante das Escrituras sempre perguntando como Jesus interpretou aquela passagem em sua existência. Para facilitar o entendimento peguemos como exemplo o Salmo 1 – é aquele que diz que felizes são os que não anda no conselho dos ímpios, nem no caminho dos pecadores e muito menos fica na roda dos escarnecedores –, a igreja normalmente interpreta essa passagem como se a pessoa ali referida é um ‘não crente’ (Alguém que não faz parte de nenhuma igreja evangélica), como um evangélico uma vez me disse “Nós não podemos ter amizade com pessoas do ‘mundo’, pois que comunhão pode ter a luz com as trevas”; agora ao observar Jesus somos ‘chocados’, pois Ele andava ironicamente com aqueles que a igreja afirma que não se pode andar – As meretrizes, os cobradores de impostos, os adúlteros, os mendigos, os leprosos e etc. Jesus andava com pecadores de todos os tipos. Quando foi questionado sobre as pessoas que Ele andava, Ele apenas disse que quem goza de boa saúde não precisava de médico, só precisa quem está doente e para nossa felicidade Ele veio para nos tratar. Digo mais, Jesus veio para resgatar os perdidos, trazer esperança para aqueles que a tinham perdido por completo, não veio para esmagar a cana quebrada e nem muito menos apagar a brasa. Engraçado que a classe de pessoas que Jesus não andava e nem sentava na roda era justamente a dos religiosos daquela época. Religião e Jesus realmente não combinam (rs)! Mas percebeu como uma simples passagem muda de sentido dependendo da ótica que a enxergamos? O desafio que tenho para vocês é esse, leia a Bíblia a partir de Jesus. Aquilo que na Bíblia Jesus não encarnou como vida não é Palavra de Deus por mais bíblico que seja. A Bíblia sem o Espírito do Evangelho é morta (Visto que a letra mata mais o Espírito vivifica). O Evangelho gera vida onde quer que Ele caia, o Evangelho mostra o que é a verdade e nos conduz no caminho, afinal Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.


“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos nossos pais, pelos profetas, nestes ULTIMOS DIAS, nos falou pelo FILHO, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus 1.1-2

17 de fevereiro de 2009

Sorria você pode estar sendo filmado.

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O filho de um conhecido engoliu um dente de leite e perguntou ao pai:
- Papai, o coco vai sair sorrindo? rs
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11 de fevereiro de 2009

Um poema de Emily Dickinson (1830-86):

“Alguns guardam o Domingo indo à Igreja - / Eu o guardo ficando em casa - / Tendo um Sabiá como cantor - / E um Pomar por Santuário./ - Alguns guardam o Domingo em vestes brancas - / Mas eu só uso minhas Asas - / E ao invés do repicar dos sinos na Igreja - / nosso pássaro canta na palmeira./ - É Deus que está pregando, pregador admirável - / E o seu sermão é sempre curto. / Assim, ao invés de chegar ao Céu, só no final - / eu o encontro o tempo todo no quintal.“

5 de fevereiro de 2009

Comentário indecente.

Um crente pentecostal ao assistir a televisão faz o
seguinte comentário quando descobre que o novo
presidente dos E.U.A é negro:

- É o fim dos tempos. O anticristo já está entre nós.
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Nota: Quando criança eu ouvia certos comentários escatologico dos adultos e um deles era esse; Que o anticristo seria uma pessoa de cor escura. Racismo? Deixo isso pra vocês pensarem.

4 de fevereiro de 2009

A revolução do Evangelho.

Diferente de uma reforma, nós cremos numa Revolução do Evangelho. A Revolução só incluirá os cristãos se eles tiverem a coragem de desistir do cristianismo e abraçar o supremo e seguro risco de apenas andar conforme a revelação da Graça de Deus em Cristo, pela Fé, visto que a promessa é que o próprio Espírito sempre haverá de nos conduzir a toda Verdade.

A Revolução do Evangelho não se atém a nenhuma preocupação com construção de coisa alguma. De fato, o grande problema sempre teve a ver com a necessidade de segurança que as pessoas dizem precisar — o que a religião ficticiamente oferece —; e que as impede de apenas andarem pela fé no que Jesus já fez e consumou por todos os homens, daí a perplexidade e a insegurança de ser “dos do Caminho”.

Se quisermos algo sério de verdade, temos que saber que isso demandará de nós uma volta humilde e sem tradições para a Palavra, isso a fim de sermos completamente lavados das tinturas com as quais o cristianismo pintou a fé para nós.

Sei que o que digo é verdade segundo o Evangelho, mas também sei que tal fé é incompreensível para as mentes viciadas no Cristianismo como Religião; e sei que é desinstaladora demais para aqueles que vivem do negócio clerical cristão.

O que creio, portanto, é que há um Basta de Deus em processo de eco no ar... O Reino é Dele. A Igreja é Dele. O Povo é Dele. E Ele mesmo haverá de nos surpreender!

Quem, todavia, deseja “Reformar o Sinédrio”, e pensa que esta é nossa intenção, não nos procure; pois, “reformar o Sinédrio” é sonho de fariseu; sonho esse que Jesus nunca sonhou; por isto mesmo nunca fez nada a respeito! Não adianta brigar contra a Potestade da Religião. Ela se alimenta da briga contra ela. Sim! O ódio a alimenta e a rejeição a fortalece em seus ódios.

Quem, porém, desejar o Novo, então, se quiser ajudar, que não faça mais nenhuma barganha com a religião cristã, e em contrapartida, que se entregue de coração ao Evangelho de Jesus. Que viva conforme a simplicidade da fé que confia que Tudo está Feito, e que não sobrou tarefa complementar e vicária a ser realizada por mais ninguém, nem pela igreja.

O preço que as pessoas pagam pela submissão aos mandamentos de homens é absolutamente inconcebível. Esta é a razão porque a maioria dos cristãos tem apenas “apologia” doutrinária para fazer em defesa da Fé; mas não é ela mesma a grande apologia do Evangelho pela demonstração natural de uma existência livre e pacificada no amor de Deus.

Agora, posto o machado na raiz de toda árvore, chegou o tempo de ser ou não ser; de abraçar o Evangelho, ou, de uma vez, assumir que somos apenas filhos de um híbrido, de uma “frankensteinização” que monta pedaços da revelação conforme a necessidade moral, social, política, econômica; e conforme o curso deste mundo.

Desse modo, sei que sou uma voz quase solitária no deserto.

Mas, na hora em que milhares e milhões, que assim crerem, passarem a viver livres conforme o Evangelho, então, sem pai, sem mãe e sem fundador, a revolução se estabelecerá: sem sede, sem geografia, sem dono, sem tutor, e sem reguladores da fé. Isso, todavia, só será real e genuíno se Jesus for tudo, e o espírito do Evangelho da Graça se tornar a única Lei da Vida.

Caio Fábio