14 de dezembro de 2007

Aprendiz de poeta

Faz pouco tempo
que me dedico a escrever poemas.
Acredito que a pratica leva a perfeição
mas ainda estou longe disso.
Sou um neófito, um aprendiz
Me considero um poeta de versos tortos
um peregrino
nas terras hostis das palavras.
Levo na bagagem somente meus sentimentos.
Se falo da vida nos meus versos
não é porque a conheça por completo
mas sim porque a amo, e amo ama-la.
Como diz Fernando Pessoa
“Quem ama nunca sabe o por que ama,
nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência.”
Belas são essas palavras
um dia quem sabe eu chego lá.
Quero seguir meu próprio caminho
não tenho medo de me aventurar.

8 de dezembro de 2007

No meio do caminho.

No meio do meu caminho não tinha uma pedra, havia uma flor.
Havia uma flor no meio do caminho.
Assim como aconteceu com o poeta, também em minha vida nunca esquecerei daquele momento.
Aquela flor no meio do caminho...
Compreendo hoje o que o poeta quis dizer com aquela pedra, deve ter sido a mesma coisa que digo em reverência a flor.
Havia uma flor no meio do caminho. Sim, havia, não há mais.
Que tristeza! Não há mais a flor no meu caminho. O lugar onde estava aquela singela planta, não há mais nada.
Aquela flor pequena e branca...
Aquela flor no meio do caminho...
Flor serena e tranqüila em meio à correria da vida. Correria que nos impede muitas vezes de apreciarmos a beleza única de cada momento.
Beleza única... Momentos perdidos... Vida desperdiçada... “Há se eu pudesse”...
Havia uma flor no meio do caminho. E agora lamento por não ter adornado aquele instante, nem sequer uma foto para por na estante.
Tentei imaginar o que poderia ter lhe acontecido. Alguma criança poderia ter arrancado e feliz dado para sua professora, ou alguma senhorita admirada colocado em seu diário, talvez até num copo d’água. Não questionarei essas atitudes só por achar que o melhor seria deixá-la em paz no seu cantinho enfeitando a vida de muitos, o errado em toda essa história sou eu. Já dizia aquele ditado “Nunca deixe para amanha o que se pode fazer hoje”, deve ser por isso que vivemos sempre no presente. Estava pensando sobre isso dias atras: O futuro existe somente no nosso imaginário, o passado em nossas lembranças, já o presente... Esse é a nossa área de atuação. É até engraçado que o ‘hoje’ é chamado de ‘presente’, a mesma palavra que usamos quando queremos agradar alguém. Esse momento é um presente e presente recebe sem precisar fazer nada em troca. Apenas recebo e fico grato. Recebo e festejo.
Talvez pelo nosso ceticismo recebemos tudo com um olhar de desconfiança e consequentemente não aproveitamos cada momento. Só despertamos quando já é tarde e a flor não está mais no local onde a encontrou.
Pois é! Havia uma flor no meio do caminho.
No meio do caminho havia uma flor e eu... Eu nem lhe perguntei o seu nome.

6 de dezembro de 2007

Trecho do livro: Tempus Fugit

"Sentia que o relógio chamava para o seu tempo, que era o tempo de todos aqueles fantasmas, o tempo da vida que passou.... tenho saudade dele. Por sua tranquila honestidade, repetindo sempre, incansável, “tempos fugit”. Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa. Relógio que não se pareças com este meu, no pulso, que marca a hora sem dizer nada, que não tem estórias para contar. Meu relógio só me diz uma coisa: o quanto eu devo correr para não me atrasar... Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria: “tempus fugit...”. Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será... "

(Rubem Alves)

2 de dezembro de 2007

Sobre o amor.

O amor não se guarda no peito
pois o coração é fraco
posso sofrer de enfarto.
Guardo em minha mente
que é o poço para saciar meu coração.