28 de setembro de 2008

Decálogo Voto Ético.

Como semana que vem será eleição deixo aqui um texto sobre o uso ético do voto do evangélico.
Esse texto é proposta do sumário de propostas defendidas pela conferência da então Associação Evangélica Brasileira (AEVB).


I – O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País. Estado e Município;

II – O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade numa outra direção;

III – Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário;

IV – Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar, é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, os vários representantes de correntes políticas possam ser ouvidos sem preconceitos;

V – A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil, deve levar os pastores a não tentarem conduzir processos político-partidários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos;

VI – Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos, são pessoas lúcidas e comprometidas com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses que passam também pela dimensão política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político evangélico tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um “despachante” de Igrejas;

VII – Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um político evangélico votou de determinada maneira, apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades ou outros “trocos”, ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesses, não se pode, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem na prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a “recompensa seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz;

VIII – Os eleitores evangélicos devem votar baseados em programas de governo, e não apenas em função de “boatos” do tipo: “O candidato tal é ateu”; ou: “O fulano vai fechar as igrejas”. Ou o sicrano não vai dar nada aos evangélicos”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos”. É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja, o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção
de um candidato com o qual estejam comprometidos;

IX – Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: “o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto”, é de bom alvitre que, ainda assim, se dê um “voto de confiança” a esse irmãos na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. A fé deve ser prioritária às simpatias ideológico-partidárias.

X – Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra e Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina”.

18 de setembro de 2008

E o que eu não sou...

Não sou excessivamente nada...
Nada em excesso me faz bem.

Não sou excessivamente bom para não me tornar cativo de minha própria bondade,
e assim, me corromper na presunção de minhas próprias leis de nobreza e misericórdia.

Não sou excessivamente justo...
para que a minha justiça não se torne em perversidade.

Não tento ser amor, mas apenas amo.
Somente Deus é amor. Eu não sei como é ser amor.

Não sou completamente inclusivo,
pois assim, perderia o meu caráter.

Não sou completamente exclusivo,
pois assim, perderia a minha alma e me tornaria empedrado.

Um santo tem que antes ser um bom pecador.
E o caminho para a santidade é vereda do reconhecimento do pecado.

Não busco nem as alturas e nem os abismos.
Se eu chegar a algum desses pólos,
que tenha sido apenas levado pela vida, não por mim mesmo.
Antes, busco o caminho do equilíbrio e a vereda plana.

Todo excesso destrói o ser!




[Caio]

13 de setembro de 2008

Sal fora do Saleiro.

Uma coisa é certa: “Lugar de sal é na salada e não no saleiro”.
Quando penso no sal... Penso salgando alguma coisa.
Se o sal não salga pra nada serve.
Pois a função do sal é salgar.
Jesus nos chama para ser sal.
Esse é o nosso chamado primordial... “Seja sal da terra...”.
Por isso repito...
“Lugar de sal é na salada e não no saleiro”.
Jesus nos chama para vivermos uma vida fora do saleiro.
Jesus nos chama para caminharmos com Ele salgando o mundo.
O evangelho que pregue uma vida no saleiro não é de Jesus...
É um falso evangelho.
Sal no saleiro só salga o bolso dos empresários no ramo da refinaria.
Claro que existe saleiro, saleiro e saleiro.
Assim como existe ‘sal’ e ‘grão’.
Creio que o ‘grão’ pode ser converter em ‘sal’.
Descreio que o ‘sal’ possa retornar a ser ‘grão’.
Os que retornam é por que nunca foram ‘sais’ de verdade...
Eram mais convencidos do que convertidos.
Convencer ‘grão’ que ele é ‘sal’ é a coisa mais fácil...
É só colocar uma placa BEM GRANDE na frente de um pote com os dizeres:
“SALEIRO”.
Depois, precisa de um ‘grão’ que se acha o ‘sal grosso da parada’ (ou salafrário) e este prega sermões que te convence que você é um tal... Digo, sal.
Nesse meio vale de tudo para atrair os fieis...
Inclusive a moda hoje não é dizer que é sal, mas sim ‘salzon’.
- Sem comentários.
Evangelismo para esses grupos é conduzir ‘grãos’ ao saleiro... Somente isso.
Agora eu sei que um dia alguém terá uma surpresa. Tentará salgar algum alimento pra uma pessoa muito especial, só que essa percebendo a falta de sal botará todo o conteúdo de sua boca pra fora (Não é isso que diz a carta para igreja de Laodiceia!?).
Meu convite hoje pra você é... "Vem e vê!"
Venha conhecer a Jesus por você mesmo.
Você não precisa mais de 'mediadores' para se relacionar com Ele.
Leia a Bíblia. Lá você encontrara com a Palavra de Deus.
Comece lendo os evangelhos, depois parta para os outros livros - A chave para entender a Bíblia está na pessoa de Jesus.
Procure a verdade e ela te trará libertação.
Assim descobrirá o que é ser sal de verdade...
É ser parecido com Jesus.
Lembre-se: Sal... Salga.
Sal não pede pra salgar. Ele salga porque é sal.
Sal não diz: - Salga comida!
Nem muito menos: - Essa comida eu não quero salgar.
Ele não tem como negar a sua natureza.
Sal que não salga é grão de areia...
E o lugar de areia é no chão para ser pisado pelos homens.
Eu não estou falando de fazer grande coisas para Deus, mas de ser em Deus.
Estou falando de vida!
Salgar é conseqüência de ser sal.
Conseqüência de ser aquilo que Jesus chamou para ser.
Concluo fazendo uma pergunta:
- Pode o sal salgar o mundo inteiro e não salgar seu próprio ser? Pode?