6 de outubro de 2007

Felicidade adormecida.

Hoje tive um dia triste, por mais que tivesse motivos para ser feliz, para mim foi um dia triste levemente levedado com revolta. Tentei alegrar-me com os que se alegravam, afinal a Bíblia ensina isso, mas não deu, não deu mesmo. Senti-me nu no grande coliseu sendo visto por todos os amigos, não entristeci por não terem ido ao meu resgate, acredito que nem sabia que a pessoa que estava sendo apedrejada era eu.

- Não! Eu não sou Pedro. Meu nome é Breno.
- Não! Também não sou Satanás. Já disse que meu nome é Breno. Breno Alonso. Ouviu? Breno Alonso.

Por mais que parecesse estar na pele de Pedro quando Jesus pronunciou essas palavras, não me sentia e não me via como um Pedro. Talvez Pedro não conseguisse se ver como Satanás, o “disseminador do mal”. Pedro provavelmente teve um peso no seu coração ao ouvir essas palavras, o que ocorreu comigo foi tristeza. Fui completamente egoísta. Fiquei triste sozinho e por essa causa chorei também sozinho. Cantei para ver se espantava a tristeza. Contei até uma boa piada, sem muito efeito. Não teve jeito, recorri a Deus (é incrível como só procuramos o nosso Pai quando não conseguimos por nós mesmos encontrar uma solução). Corri como uma criança em direção aos Seus braços e derramei-me em lágrimas. Pus-me a falar tudo que se passava no coração. Queria ouvir Dele o que achava disso tudo. Na verdade, não precisava responder à pergunta, podia fazer como fez com Jó:

- Breno, eu sei o seu nome. Estou aqui para admirarmos juntos a Minha criação.

Seria o bastante. Só precisava saber que não estava sozinho nisso tudo. Queria ouvir Sua voz. E acreditem... Ele falou. Pasmem, em português. Não vou dizer que Deus é brasileiro e que seu Filho nasceu em Belém do Pará. Nem muito menos que a língua dos anjos é o português. - Êitá nóis, Brasil! Ele usou um de seus porta-vozes para comunicar comigo, um profeta. A mensagem não veio da forma “Eis que te digo meu servo...”, acho que ele nem sabe que foi instrumento de Deus para me confortar.

Se a intenção desses é de podar-me, quero dizer que desta vez não. Muito menos os bajularei. Preocuparei com as pessoas, já revelei o meu desapontamento com a instituição. Não me considero um rebelde, apenas um inconformado. Perdoa-me Deus por estar fazendo algum mal ao meu próximo (mesmo sem perceber). Eu quero amar como o Senhor ama, então ajuda-me, não quero alimentar esses sentimentos negativos. Saiba que esse dia estará gravado na minha memória, não por rancor, mas por felicidade. Não posso esquecer que também hoje, vidas foram restauradas. Minha felicidade que agora esta adormecida, acordará amanha para brindar, mesmo sozinha, pelo que aconteceu. Talvez possa ser tudo fruto da minha cabeça conspiradora. Que as pedras, algemas e as feras não existam. O que será que Deus quer ensinar nisso tudo? Não sei. Nesse momento estou há procura de respostas. Devo admitir:

- Tenho medo desgraçado que ao final disso tudo eu realmente seja Pedro e não o Breno.

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