13 de março de 2009

Uma partida de futebol e um aperto no coração.

Acabei de assistir a vitória do meu time pela televisão. Foi um jogo angustiante. Só consegui relaxar quando o juiz apitou o fim. Mas até lá passei os noventa e tantos minutos num desespero total. Claro que os botafoguenses já estão acostumados com isso, já escutei de alguns torcedores que “Ganhar sem ser no sufoco não é coisa do Botafogo” e eu digo que torcer pelo Botafogo não é pra qualquer um; tem que ter um coração muito forte, senão enfarta – Como diria Roberto Carlos (o cantor): “São tantas emoções”. Por mais que não seja um botafoguense fanático me angustiei assistindo o jogo, para piorar ainda mais a situação do meu lado estava meu pai (botafoguense também) com os seus comentários raivosos – Até entendo ele, quem assistiu Garrincha e Nilton Santos acompanhar essa nova ‘moçada’ é pedir arrego –. Meu pai deixou de ser fanático desde o momento que “futebol virou comercio” (diz ele) e que “sente falta do tempo em que os jogadores jogavam por amor a camisa”.

Essa introdução toda é apenas porque o jogo de futebol serviu-me para abrir os olhos em relação à vida. Notei o quanto nós, os seres humanos, gastamos demasiada energia em questões relativamente ‘bobas’. Como nos angustiamos com coisas tão pequenas nesta vida... “Mas é o meu time!” – Diríamos. Sim, eu sei. O Botafogo foi apenas uma ilustração para transmitir uma idéia. A idéia é que choramos quando o nosso time perde, mas não conseguimos derramar uma lágrima quando o que se perde é uma vida humana. A idéia é que ficamos enfurecidos e discutimos quando alguém bate no nosso carro, mas não conseguimos nos enfurecer e mexer uma ‘palha’ para mudar o quadro social de nossas crianças.

Esse texto na verdade é um pequeno exercício que tenho praticado esses dias. Que tipo de exercício? De que, se a Palavra de Deus é Jesus e Ele habita em mim, tudo a minha volta fala de Deus, até mesmo uma partida de futebol. E é isso. Espero que nenhum botafoguense xiita me crucifique. rs

Um comentário:

Fran Oliveira disse...

Oi amigo Breno!!
Gostei da sua reflexão, muito oportuna, sempre damos muito valor a algumas coisas que não são "tão importantes" e esquecemos de prestar atenção ao que precisa de muita atenção mas muitas vezes fazemos de cegos!
Abraço e como sempre você escreve muito bem!