Não sou excessivamente nada...
Nada em excesso me faz bem.
Não sou excessivamente bom para não me tornar cativo de minha própria bondade,
e assim, me corromper na presunção de minhas próprias leis de nobreza e misericórdia.
Não sou excessivamente justo...
para que a minha justiça não se torne em perversidade.
Não tento ser amor, mas apenas amo.
Somente Deus é amor. Eu não sei como é ser amor.
Não sou completamente inclusivo,
pois assim, perderia o meu caráter.
Não sou completamente exclusivo,
pois assim, perderia a minha alma e me tornaria empedrado.
Um santo tem que antes ser um bom pecador.
E o caminho para a santidade é vereda do reconhecimento do pecado.
Não busco nem as alturas e nem os abismos.
Se eu chegar a algum desses pólos,
que tenha sido apenas levado pela vida, não por mim mesmo.
Antes, busco o caminho do equilíbrio e a vereda plana.
Todo excesso destrói o ser!
[Caio]
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