18 de setembro de 2008

E o que eu não sou...

Não sou excessivamente nada...
Nada em excesso me faz bem.

Não sou excessivamente bom para não me tornar cativo de minha própria bondade,
e assim, me corromper na presunção de minhas próprias leis de nobreza e misericórdia.

Não sou excessivamente justo...
para que a minha justiça não se torne em perversidade.

Não tento ser amor, mas apenas amo.
Somente Deus é amor. Eu não sei como é ser amor.

Não sou completamente inclusivo,
pois assim, perderia o meu caráter.

Não sou completamente exclusivo,
pois assim, perderia a minha alma e me tornaria empedrado.

Um santo tem que antes ser um bom pecador.
E o caminho para a santidade é vereda do reconhecimento do pecado.

Não busco nem as alturas e nem os abismos.
Se eu chegar a algum desses pólos,
que tenha sido apenas levado pela vida, não por mim mesmo.
Antes, busco o caminho do equilíbrio e a vereda plana.

Todo excesso destrói o ser!




[Caio]

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